Em outubro do ano passado falava em como seria bom ver algo mais poético sobre a vida de Olga Benário. Sem a característica de documentário com muitos detalhes e pormenores históricos.
Depois, cheguei a transcrever trechos de algumas cartas trocadas com Prestes...
“Meu Carli, antes de tudo, quero falar da nossa menina, que já tem mais de quatro meses. Sua aparência física é uma mistura de nós dois. Tem os cabelos escuros, como os teus, a tua boca e as tuas mãos. Os olhos são grandes e azuis, mas não claros como os meus. Os delas têm um azul de violeta. Tudo isso cercado por uma tez muito suave, branca, e por bochechas cor-de-rosa muito bonitas. Como eu gostaria que tu a conhecesses. Mas o mais bonito é o sorriso. Sorri tão bonito que nos leva a esquecer tudo o que há de ruim nesse mundo.
...
Bem, eu poderia contar-te muitas outras coisas. Por exemplo, que fizemos ginástica, cantamos, mas tudo isso deixarei para uma próxima carta. No pátio há uma árvore e ali aninhou-se uma família de passsarinhos. Acabam de nascer os filhotinhos. Se pudesse vê-los... Eles vão, voltam, regressam com insetos e outros alimentos. Passo horas olhando-os e penso em nós. Ah, só os seres humanos são capazes de destruir uma família da forma que fizeram conosco.
Um mar imenso nos separa, e no entanto sinto que estamos muito próximos. A tua, Olga”.
Então enfim assisti a Olga. O filme me causou um baita impacto, mesmo sabendo da história de trás pra frente. Chorei tanto que tive que me controlar para não soluçar. Isso bem no início. Depois acabei desistindo.
Depois, cheguei a transcrever trechos de algumas cartas trocadas com Prestes...
“Meu Carli, antes de tudo, quero falar da nossa menina, que já tem mais de quatro meses. Sua aparência física é uma mistura de nós dois. Tem os cabelos escuros, como os teus, a tua boca e as tuas mãos. Os olhos são grandes e azuis, mas não claros como os meus. Os delas têm um azul de violeta. Tudo isso cercado por uma tez muito suave, branca, e por bochechas cor-de-rosa muito bonitas. Como eu gostaria que tu a conhecesses. Mas o mais bonito é o sorriso. Sorri tão bonito que nos leva a esquecer tudo o que há de ruim nesse mundo.
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Bem, eu poderia contar-te muitas outras coisas. Por exemplo, que fizemos ginástica, cantamos, mas tudo isso deixarei para uma próxima carta. No pátio há uma árvore e ali aninhou-se uma família de passsarinhos. Acabam de nascer os filhotinhos. Se pudesse vê-los... Eles vão, voltam, regressam com insetos e outros alimentos. Passo horas olhando-os e penso em nós. Ah, só os seres humanos são capazes de destruir uma família da forma que fizeram conosco.
Um mar imenso nos separa, e no entanto sinto que estamos muito próximos. A tua, Olga”.
Então enfim assisti a Olga. O filme me causou um baita impacto, mesmo sabendo da história de trás pra frente. Chorei tanto que tive que me controlar para não soluçar. Isso bem no início. Depois acabei desistindo.