Ando um tanto sumida, mas esses últimos dias foram tensos. Minha avó de 84 anos fraturou o fêmur e eu fiquei numa angústia só. Na terça-feira foi a cirurgia e, graças a Deus, tudo correu bem. Agora estou aliviada. E um monte feliz. Dizem que felicidade é efêmera, mas eu juro que passo um rolo nela. Só pra esticar mais um pouquinho.
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Meu mais novo vício: pingo de leite JAZAM. Bom!
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Tenho pânico daquele gatinho do cinemark. Argh!
setembro 30, 2004
Curtinhas
setembro 23, 2004
Início da série Ah, se eu pudesse!
setembro 17, 2004
setembro 13, 2004
Constatações de viagem
setembro 09, 2004
Abandono é pouco
setembro 07, 2004
Essencial
setembro 06, 2004
Wish you were here
setembro 04, 2004
Olga
setembro 03, 2004
Cuidado. Perigo.
setembro 02, 2004
setembro 01, 2004
Que seja eterno enquanto dure
Curtinhas
Início da série Ah, se eu pudesse!
- estudar sem sentir sono;
- trazer todos os cachorrinhos vira-latas pra casa;
- mandar num coração burro e desmiolado.
Constatações de viagem
Cheguei exausta de viagem. O casamento foi muito alegre, conheci todos os novos amigos de meu irmão, vi minha mãe enxugar algumas lágrimas e ainda descobri um montão de outras coisas:
- gosto mesmo é de viajar na janelinha;
- ver o amor nos olhos de uma pessoa é uma delícia;
- venta friiiiiio em São Paulo;
- quero mesmo é um amor sincero;
- tenho como lema “quanto mais fotos, melhor”;
- meu irmão é mesmo o queridinho da mamãe;
- não sou tão tímida quanto imaginava;
- se pudesse, levaria meu travesseiro e minha cama em todas as viagens;
- nunca uso nem metade das roupas que levo;
- agora os mais chegados querem é saber quando sairá o MEU casório (sem cobranças, por favor, hohoho).
- gosto mesmo é de viajar na janelinha;
- ver o amor nos olhos de uma pessoa é uma delícia;
- venta friiiiiio em São Paulo;
- quero mesmo é um amor sincero;
- tenho como lema “quanto mais fotos, melhor”;
- meu irmão é mesmo o queridinho da mamãe;
- não sou tão tímida quanto imaginava;
- se pudesse, levaria meu travesseiro e minha cama em todas as viagens;
- nunca uso nem metade das roupas que levo;
- agora os mais chegados querem é saber quando sairá o MEU casório (sem cobranças, por favor, hohoho).
Abandono é pouco
Meus pais já tomaram o rumo de SP no feriado. Hoje completa dois dias que fico sozinha em casa. Não sei se sobrevivo ao terceiro. Saldo desses dois dias: um copo quebrado, um pano de prato queimado, um dedo mindinho também queimado; minha calça social clarinha (a preferida!) manchada de cloro ao limpar a sujeira da minha cachorrinha e duas embalagens de miojo (sabor galinha caipira, é claro) no lixo.
Essencial
Música. Vento no rosto. Pôr-do-sol. Caminhar de mãos dadas. Cantar alto. Pipoca doce. Parque de diversões. Crianças. Cães. Cartas à moda antiga. À moda antiga. Cinema. Sorrir. Carinho. Sentir-se cuidada. E amada também. Palavras doces. Cachorro-quente. Banho quente. Cheiro bom. Presentear. Lembrar o passado. Ouvir histórias. Família. Álbum de fotografias. Meias de algodão. Livros, muitos livros. Andar de bicicleta. Beijo nos olhos fechados. Apelidos carinhosos. Toque do telefone. Longas conversas. Mesmos planos. A longo prazo. Cabelo molhado. Antigos amigos. Um pouco de silêncio. De frio também. Pra vida inteira...
Wish you were here
Hoje foi uma maravilha chegar no trabalho. Sem um congestionamentozinho sequer. Acho que metade dos trabalhadores do RJ emendou o final de semana com o feriado. E ganha um peteleco quem disser hoje que funcionário público não trabalha.
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Não sei se Colateral é uma porcaria de filme ou se eu estava mesmo muito cansada ontem. Acabei dormindo no meio da sessão. Não garanto ter assistido a metade do filme. Pode ser também que tenha me desencantado com a cara de mau do Tom Cruise.
Olga
Em outubro do ano passado falava em como seria bom ver algo mais poético sobre a vida de Olga Benário. Sem a característica de documentário com muitos detalhes e pormenores históricos.
Depois, cheguei a transcrever trechos de algumas cartas trocadas com Prestes...
“Meu Carli, antes de tudo, quero falar da nossa menina, que já tem mais de quatro meses. Sua aparência física é uma mistura de nós dois. Tem os cabelos escuros, como os teus, a tua boca e as tuas mãos. Os olhos são grandes e azuis, mas não claros como os meus. Os delas têm um azul de violeta. Tudo isso cercado por uma tez muito suave, branca, e por bochechas cor-de-rosa muito bonitas. Como eu gostaria que tu a conhecesses. Mas o mais bonito é o sorriso. Sorri tão bonito que nos leva a esquecer tudo o que há de ruim nesse mundo.
...
Bem, eu poderia contar-te muitas outras coisas. Por exemplo, que fizemos ginástica, cantamos, mas tudo isso deixarei para uma próxima carta. No pátio há uma árvore e ali aninhou-se uma família de passsarinhos. Acabam de nascer os filhotinhos. Se pudesse vê-los... Eles vão, voltam, regressam com insetos e outros alimentos. Passo horas olhando-os e penso em nós. Ah, só os seres humanos são capazes de destruir uma família da forma que fizeram conosco.
Um mar imenso nos separa, e no entanto sinto que estamos muito próximos. A tua, Olga”.
Então enfim assisti a Olga. O filme me causou um baita impacto, mesmo sabendo da história de trás pra frente. Chorei tanto que tive que me controlar para não soluçar. Isso bem no início. Depois acabei desistindo.
Depois, cheguei a transcrever trechos de algumas cartas trocadas com Prestes...
“Meu Carli, antes de tudo, quero falar da nossa menina, que já tem mais de quatro meses. Sua aparência física é uma mistura de nós dois. Tem os cabelos escuros, como os teus, a tua boca e as tuas mãos. Os olhos são grandes e azuis, mas não claros como os meus. Os delas têm um azul de violeta. Tudo isso cercado por uma tez muito suave, branca, e por bochechas cor-de-rosa muito bonitas. Como eu gostaria que tu a conhecesses. Mas o mais bonito é o sorriso. Sorri tão bonito que nos leva a esquecer tudo o que há de ruim nesse mundo.
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Bem, eu poderia contar-te muitas outras coisas. Por exemplo, que fizemos ginástica, cantamos, mas tudo isso deixarei para uma próxima carta. No pátio há uma árvore e ali aninhou-se uma família de passsarinhos. Acabam de nascer os filhotinhos. Se pudesse vê-los... Eles vão, voltam, regressam com insetos e outros alimentos. Passo horas olhando-os e penso em nós. Ah, só os seres humanos são capazes de destruir uma família da forma que fizeram conosco.
Um mar imenso nos separa, e no entanto sinto que estamos muito próximos. A tua, Olga”.
Então enfim assisti a Olga. O filme me causou um baita impacto, mesmo sabendo da história de trás pra frente. Chorei tanto que tive que me controlar para não soluçar. Isso bem no início. Depois acabei desistindo.
Cuidado. Perigo.
Sou impaciente. Volta e meia acordo de mau humor. Não compro bala (nem paçoca, nem bananada) daqueles carinhas que entram nos ônibus vendendo doce. Tenho mais pena de bicho que de gente. Sei ser ferina, fria e seca quando quero (ou quando preciso). Minha cor está chegando próxima ao branco gelo. Tenho sempre as mãos, os pés e o nariz gelados. Por falar em mãos, minha mãe diz que as minhas são lânguidas. É, nada mais, nada menos, que a versão poética de mãos brancas, magras e compridas. Fico emburrada fácil. Sou um pouco intolerante também. E isso foi só o que lembrei agora. Em cinco minutos. Ah, se me deixam ficar aqui meia hora escrevendo! Meto medo?
Que seja eterno enquanto dure
Isso pode até soar estranho, mas estou gostando aqui do Tribunal. O trabalho está fluindo bem, obrigada; as pessoas me receberam da melhor forma possível e o chefe-bostão-que-se-acha-o-todo-poderoso é só elogios. Tomara que dure.
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Logo em frente à minha sala fica a Dona Marisa, uma senhora que acho que está querendo me adotar como neta. Todo dia é um bolo diferente em minha mesa. Às cinco, pergunta se quero chá, além de me tratar com um carinho de vó de verdade. Junto dela, fica o Eduardo. Enche minha mesa de bala, mas depois fica cobrando que eu as devore logo. Acabou de chegar aqui e falar que o tubo de mentos que me deu ontem tá durando muito. Realmente estou feliz. E não é que é verdade mesmo aquela história que o destino às vezes prega umas surpresas? Que sejam sempre assim, agradáveis.
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Logo em frente à minha sala fica a Dona Marisa, uma senhora que acho que está querendo me adotar como neta. Todo dia é um bolo diferente em minha mesa. Às cinco, pergunta se quero chá, além de me tratar com um carinho de vó de verdade. Junto dela, fica o Eduardo. Enche minha mesa de bala, mas depois fica cobrando que eu as devore logo. Acabou de chegar aqui e falar que o tubo de mentos que me deu ontem tá durando muito. Realmente estou feliz. E não é que é verdade mesmo aquela história que o destino às vezes prega umas surpresas? Que sejam sempre assim, agradáveis.